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Publicado: 11/02/2021


Indicador de Registros de inadimplentes inicia o ano com queda de 3,4%

Os registros de inadimplentes caíram 3,4% na comparação mensal com ajuste sazonal, segundo indicador da Boa Vista, empresa que aplica inteligência analítica na transformação de informações para a tomada de decisões em concessão de crédito e negócios em geral.  Na comparação interanual foi observada uma redução de 33,4% no número de registros, o que acentuou a queda observada na análise de longo prazo, medida pela variação acumulada em 12 meses, que passou de 15,9% em dezembro para 18,7% em janeiro.

 

Considerando o trimestre móvel encerrado em janeiro (novembro, dezembro e janeiro), o indicador apontou retração de 32,2% na comparação com o trimestre encerrado em janeiro do ano passado. Assim como os dados do indicador, a inadimplência divulgada pelo Banco Central tem caminhado na mesma tendência nos últimos meses.


No mesmo sentido, o Indicador de Recuperação de Crédito também recuou na comparação interanual, com variação de -2,5%. O que contribuiu para manter o resultado negativo na análise acumulada em 12 meses com queda de 1,7%.


Já na variação mensal com dados dessazonalizados a retração foi de 5,2%, enquanto na análise trimestral o indicador recuou 7,1%, mostrando as dificuldades que as famílias estão encontrando em reequilibrar seu orçamento financeiro.

 

A despeito do resultado observado no mês de janeiro, a expectativa de reversão da queda da inadimplência em 2021 se manteve. As postergações realizadas por instituições financeiras no ano passado foram essenciais para impedir um abrupto aumento da inadimplência e o programa de auxílio emergencial, por sua vez, também contribuiu para manter a inadimplência em patamares mais baixos.
 

Ainda que a retomada do programa de auxílio emergencial esteja em discussão, dificilmente ele será no mesmo molde, desta vez, os critérios de elegibilidade deverão ser mais rígidos e o valor menor. Além disso, o mercado de trabalho segue enfraquecido (taxa de desemprego elevada e aumento da informalidade), de modo que são muitos os fatores que apontam para o aumento da inadimplência neste ano.