Notícias

Publicado: 15/10/2021


Indicador de Registros de Inadimplentes sobe 1,0% em setembro

 O número de registros de inadimplentes subiu 1,0% na comparação mensal dos dados dessazonalizados entre os meses de setembro e agosto, de acordo com dados da Boa Vista, que abrangem todo território nacional. Além disso, entre o 3º e 2º trimestres houve elevação de 7,7% na mesma série de dados dessazonalizados. Os registros foram menores na comparação interanual, mais precisamente com queda de 5,1%. Contudo, a desaceleração da queda nos resultados acumulados se manteve. No ano, a queda no indicador passou de -8,4% para -8,1% e, em 12 meses, de -15,3% para -15,0%. Essa tendência, por sinal, é condizente com o cenário atual, de comprometimento da renda e inflação elevados, sem novas postergações e com auxílios menos substantivos. 

Já o Indicador de Recuperação de Crédito caiu 4,0% na comparação mensal e 2,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. Na comparação do trimestre móvel o indicador caminhou na mesma direção e apontou queda de 3,9%. Apesar da curva de longo prazo, medida pela variação acumulada em 12 meses, ter apresentado estabilidade, marcando ainda alta de 1,5%, o resultado acumulado no ano desacelerou de 3,7% para 3,0%. Assim como para o indicador de Registros de Inadimplentes, o cenário atual pesa sobre o orçamento das famílias, ainda mais num momento em que os juros estão subindo e o endividamento é elevado.

De modo geral, a esperança de melhora nos fatores condicionantes da inadimplência reside sobre os dados do mercado de trabalho, já que os obstáculos citados anteriormente devem se fazer presentes no cotidiano dos consumidores por um pouco mais de tempo. Essa melhora até foi percebida nos números mais recentes divulgados pelo IBGE, mas ela ainda não é significativa. Entre os meses de abril e julho a taxa de desemprego caiu um ponto percentual, de 14,7% para 13,7%, no entanto, no mesmo período, a informalidade avançou na mesma magnitude, chegando a 40,8%. Mais que isso, o número de pessoas subocupadas bateu recorde: são mais de 7 milhões e 700 mil pessoas nessa situação. Diante do cenário, a tendência de alta na taxa de inadimplência, sugerida pelo indicador de Registros de Inadimplentes, pode ser confirmada nas próximas aferições do Banco Central.

 

 

Fonte: Boa Vista SCPC